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Oeiras/ Salvador, Piauí
E se um dia hei de ser pó cinza e nada Que minha noite seja uma alvorada que me saiba perder pra me encontrar

domingo, 21 de setembro de 2008

Não Leia, Por Favor!

O POVO


Não posso deixar de concordar com tudo que dizem do povo. È uma decisão impopular, eu sei, mas o que fazer? É a hora da verdade. O povo que me perdoe, mas ele merece tudo que se tem dito dele. E muito mais.

As opiniões recentemente emitidas sobre o povo até foram tolerantes. Disseram, por exemplo, que o povo se comporta mal em grenais. Disseram que o povo é corrupto. Por um natural escrúpulo não quiseram ir mais longe. Pois eu não tenho escrúpulo.

O povo se comporta mal em toda parte, não apenas no futebol. O povo tem péssimas maneiras. O povo se veste mal. Não raro, cheira mal também. O povo faz xixi e cocô na escala industrial. Se não houvesse povo, não teríamos o problema ecológico. O povo não sabe comer. O povo tem um gosto deplorável. O povo é insensível. O povo é vulgar.

A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do povo. O povo se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. O povo é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve ao povo. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas pelo povo, que as matem contra os preceitos da higiene e da estética.

Responda sem meias-palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse pelo povo? O povo é um estorvo.

É notória a incapacidade política do povo. O povo não sabe votar. Quando vota, invariavelmente vota em candidatos populares que justamente por agradarem o povo, não podem ser boa coisa.

O povo é pouco saudável. Há sabidamente, 95 por cento mais cáries dentárias entre o povo. O índice de morte por má nutrição entre o povo é assustador. O povo não se cuida. Estão sempre sendo atrelados. Isto quando não se matam entre si. O banditismo campeia entre o povo. O povo é ladrão. O povo é viciado. O povo é doido. O povo é imprevisível. O povo é um perigo

O povo não tem a mínima cultura. Muitos nem sabem ler ou escrever! O povo não viaja não se interessa por boa música ou literatura, não vai a museus. O povo não gosta de trabalho criativo, prefere empregos ignóbeis e aviltantes. Isto quando trabalha, pois há os que preferem o ócio contemplativo, embaixo de pontes. Se não fosse o povo nossa economia funcionaria como máquina. Todo mundo seria mais feliz sem o povo. O povo é deprimente. O povo deveria ser eliminado.

(Luis Fernando Veríssimo)

domingo, 14 de setembro de 2008

SOBRE A CERTEZA

Quando o homem morre,recebe de herança insetos,feras e vermes.

( Eclesiático,10-11)


O DEUS-VERME

...Ah!Para ele é que a carne podre fica
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção

( Augusto dos Anjos)


" Cada estação da vida é uma edição que corrige a anterior e que será corrigida também,até a edição definitiva que o editor dá de graça aos vermes."

( Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis)

...E se um dia hei de ser pó,cinza e nada
Que seja minha noite uma alvorada
Que eu saiba me perder pra me encontrar

(Florbela Espanca)

CONSOADA
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

( Manuel Bandeira)


Segundo Vinícius de Moraes,a "Morte é a angústia de quem vive". E assim vivemos nesse vale de lágrimas;angustiados,amedrontados,esperando por este instante que é a nossa única certeza.
Procuramos retardar a qualquer custo e nunca nos acostumamos com isso.
Bem que tento tratar A INDESEJADA com uma pitada de humor,com normalidade...se é que é possível, mas no fundo atormenta-me o simples fato de pensar na sua chegada.
Na verdade, essa postagem é mais uma tentativa de aceitação.
Pois bem,se é desta e com esta certeza que vivemos,vamos aproveitar a vida. CARPE DIEM!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

LEMBRANÇAS

Meu pai tocava violão cantando bem alto

Minha mãe fazia trancinhas em mim

Minha avó me deixava ser a dona do mundo

Minha outra avó fazia rede

Meu avô fazia vassoura e casava os santos

Minha bisavó gostava de cajá

Minha outra bisavó era cega,ainda assim fazia cordão de rede

Minha tia-madrinha ouvia Chico, Gal, Caetano, Gil...

Minha outra tia me deu meu primeiro ovo de páscoa

Meu tio me deu um pianinho

Minha outra tia brincava de show comigo

Acho que eu sabia que era feliz... às vezes ainda sou


Cy Oeiras

FUTURO


Acredito mas,


Temo e


Sofro


Acredito portanto,


Insisto e


Vou


CYNARA 07-09-03

Desabafo de uma professora á beira de uma crise de nervos..rsrsrsrrs














Instante

Hoje,agora?

Não quero estudar,nem ler;

Nem poesia


Quero escrever e protestar:

A minha capacidade

De não escrever


Nem poesia

Nem uma estrofe

Nem um verso

E nem prosa

uma palavra sequer com emoção


Essa coisa simples, que se sente

E que não dá pra expressar

Nem em poesia


Essa coisa que me importuna

E não dá pra mostrar

Nem em poesia

Nem em prosa

Literacy

VINÍCIUS É DEMAIS!!!

Soneto Do Amor Total

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

PLAGIANDO...

AMOR QUASE TOTAL

Amo-te tanto,meu amor
Jamais cantou meu coração sacana
com mais verdade
Amo-te como amiga e como amante
mesmo com tanta liberdade