Quem sou eu

Minha foto
Oeiras/ Salvador, Piauí
E se um dia hei de ser pó cinza e nada Que minha noite seja uma alvorada que me saiba perder pra me encontrar

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Soneto ao Amor: um intertexto

Se se morre de amor!

(Gonçalves Dias)
Se se morre de amor! — Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n'alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve, e no que vê prazer alcança!


Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebatar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio...


O QUE TU CHAMAS DE PAIXÃO
É TÃO SOMENTE CURIOSIDADE
E OS TEUS DESEJOS FERVENTE
VÃO BATENDO AS ASAS NA IRREALIDADE
( MANUEL BANDEIRA)


Amar é...
         ( Cynara)
Fazer sacrifícios, tolerar absurdos
Irritar-se com manias
E no mesmo instante
Aceitar tudo sem raiva


É certeza, é calma
É um desdenhar do mundo
É sorrir dos trejeitos
Acostumar-se com defeitos


Antecipar comportamentos
Entender pensamentos
Quão grande a empatia


Mistura heterogênia
Intimidade e desejos renovados
Cuidado e atenção sempre alerta.