Quem sou eu

Minha foto
Oeiras/ Salvador, Piauí
E se um dia hei de ser pó cinza e nada Que minha noite seja uma alvorada que me saiba perder pra me encontrar

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

UMA VONTADE INCONTROLÁVEL

      Quem me conhece bem, sabe que apesar de adorar crianças morro de medo de parir. Devem saber também do meu desejo de adoção.
     
  Na verdade, além do medo eu tinha mil justificativas plausíveis para não engravidar, indiscutivelmente essa minha vida de caixeira viajante é a mais definidora delas.

    Certa vez, na ponte Salvador –Belém de São Francisco-PE, conversando com uma psicóloga ela profetizou sabiamente: “ Vai chegar um momento, em que você vai sentir uma vontade incontrolável de engravidar e nesse momento nada vai importar.”

    Não sei bem o que me fez mudar de ideia, talvez ver as propagandas, vídeos de crianças, ver pedagogos e psicólogos diagnosticando e  tentando resolver os dilemas maternos da educação infantil; talvez ver Denise cuidando de Lavínia e contando toda saga da chegada dela; talvez ver Carminha e Silvinha tendo coragem de engravidar pela segunda vez; talvez saber que Elemir e Walterlene estavam grávidas ao mesmo tempo; ou perceber que meu amor por Adriano amadureceu, a ponto de transbordar.... ou talvez tudo isso junto. Mas lembro que esse ano, no carnaval, terminando o percurso do Campo Grande, com a Timbalada, naquele solzão, e eu com toda energia, querendo mais, me convenci que não estava tão velha assim. 
      
    Parece que Deus usou aquele momento de celebração pra mim e pra Adriano, para dizer: Coragem, você pode, mulher, vai parir.  Pode parecer profano o que disse, mas não é, o meu Deus que me conhece tão bem e mais que eu mesma, sabe que não é. 
      Lembro-me do Pe. Zezinho, me recomendando, na confissão antes do meu casamento, que eu teria que superar esse medo. Sempre soube que um dia, num futuro bemmm distante essa vontade nasceria em mim e talvez pudesse não concretizá-la, por motivos bem óbvios. Pois bem, chegou o momento.
      Felizmente, Deus me abençoou com essa dádiva. E os medos? Acho que estão aqui ainda, mas a empolgação, “a vontade incontrolável”, o desejo , a alegria são imensamente maiores.
    Que Ele continue nos abençoando, que nosso/nossa cria venha com saúde e que tenha vida em abundância.

18.07.14

quinta-feira, 23 de outubro de 2014


 Acho que até você mesmo pensou-se ou sentiu-se defunto, mas você sempre esteve nas minha lembranças ,querido. Mas era  uma lembrança tããão sem inspiração... que nem valia a pena vir aqui. Hoje foi diferente...Revisitei minha agenda e me veio ânimo para te revisitar também.

O saldo foi esse: O QUE VOCÊ VAI SER, QUANDO VOCÊ CRESCER

      Quando você casa, é ou parece ser uma traição aos seus princípios e valores de universitário revoltado:revoltado com a vida;revoltado com o mundo;revoltado com o sistema...


      Crítico, cheio de gás e de soluções pra tudo.Parece elementar fazer a reforma agrária e acabar com a fome do mundo.

       Na universidade você acha que pode resolver os prolemas da humanidade, e quando sai de lá você tem certeza disso.

       Então você se forma e seu curso, seu diploma são o escudo e o antídoto, com qual você realizará tal proeza.E vai pro campo/mercado/sala de aula: "critico, cheio de gás e de soluções pra tudo".

       Até que você se depara com a realidade..." Acorda, Alice."Então, percebendo que não dá pra mudar quase nada, apenas o grãozinho de areia que é você, você vai, como o beija-flor do Betinho, colocando a gotinha d'água, apagando o lado da fogueira que lhe cabe...

       Mas isso é tão massacrante, cruel, cansativo, injusto, que aquele "universitário revoltado" cai por terra, cede às convenções sociais, porque não aguenta mais viver apagando a fogueira e ainda tendo que estudar; tendo que fazer sucesso; tendo que vencer a concorrência... Chega! Ele quer um pouco de brisa.
       
       Então ele ama, casa, "constitui família"...essas coisa que todo mundo faz. E manifestações agora são só notícias nos telejornais, protestos, só virtuais.
O "universitário revoltado" adormece. Torna-se, com sorte, o adulto descolado, o funcionário articulador. A garra do grupo dá lugar apenas a uma postura, talvez a um jeito uno de viver a vida...
      

      "Até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo"... Quando ouvia isso do Renato, não entendia, _Como assim, roubaram minha coragem? Eu estou aqui à postos...rsrsr

      Hoje, é engraçado, nostálgico ou saudosista ver os poetas, as meninas do recital, os atletas, os atores, o presidente do D.A, essa galera toda que fez história há quase vinte anos atrás, sendo pais de família, buscando uma colocação melhor no emprego, preocupados em ter/ser mais "coisas".

     Ainda somos os mesmos e vivemos, como nossos pais!

04.02.13