UMA VONTADE
INCONTROLÁVEL
Quem me conhece bem, sabe que apesar de adorar crianças morro de medo de parir. Devem saber também do meu desejo de adoção.
Quem me conhece bem, sabe que apesar de adorar crianças morro de medo de parir. Devem saber também do meu desejo de adoção.
Na verdade, além do medo eu tinha mil justificativas plausíveis para não engravidar, indiscutivelmente essa minha vida de caixeira viajante é a mais definidora delas.
Certa vez, na ponte Salvador –Belém de São Francisco-PE, conversando com uma psicóloga ela profetizou sabiamente: “ Vai chegar um momento, em que você vai sentir uma vontade incontrolável de engravidar e nesse momento nada vai importar.”
Não sei bem o que me fez mudar de ideia, talvez
ver as propagandas, vídeos de crianças, ver pedagogos e psicólogos
diagnosticando e tentando resolver os dilemas
maternos da educação infantil; talvez ver Denise cuidando de Lavínia e contando
toda saga da chegada dela; talvez ver Carminha e Silvinha tendo coragem de
engravidar pela segunda vez; talvez saber que Elemir e Walterlene estavam
grávidas ao mesmo tempo; ou perceber que meu amor por Adriano amadureceu, a ponto
de transbordar.... ou talvez tudo isso junto. Mas lembro que esse ano, no
carnaval, terminando o percurso do Campo Grande, com a Timbalada, naquele
solzão, e eu com toda energia, querendo mais, me convenci que não estava tão
velha assim.
Parece que Deus usou aquele momento de celebração pra mim e pra Adriano, para dizer: Coragem, você pode, mulher, vai parir. Pode parecer profano o que disse, mas não é, o meu Deus que me conhece tão bem e mais que eu mesma, sabe que não é.
Lembro-me do Pe. Zezinho, me recomendando, na confissão antes do meu casamento, que eu teria que superar esse medo. Sempre soube que um dia, num futuro bemmm distante essa vontade nasceria em mim e talvez pudesse não concretizá-la, por motivos bem óbvios. Pois bem, chegou o momento.
Parece que Deus usou aquele momento de celebração pra mim e pra Adriano, para dizer: Coragem, você pode, mulher, vai parir. Pode parecer profano o que disse, mas não é, o meu Deus que me conhece tão bem e mais que eu mesma, sabe que não é.
Lembro-me do Pe. Zezinho, me recomendando, na confissão antes do meu casamento, que eu teria que superar esse medo. Sempre soube que um dia, num futuro bemmm distante essa vontade nasceria em mim e talvez pudesse não concretizá-la, por motivos bem óbvios. Pois bem, chegou o momento.
Felizmente, Deus me
abençoou com essa dádiva. E os medos? Acho que estão aqui ainda, mas a
empolgação, “a vontade incontrolável”, o desejo , a alegria são imensamente
maiores.
Que Ele continue nos
abençoando, que nosso/nossa cria venha com saúde e que tenha vida em
abundância.
18.07.14
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